
Rotinas de início e final de ano: como otimizar a avaliação de desempenho de forma remota
Um período que costuma ser intenso para os departamentos de recursos humanos e gestão de pessoas se aproxima com características extraordinárias em 2020: as rotinas de encerramento de mais um ano e, com elas, a necessidade de fazer um balanço da performance das equipes – agora, via teletrabalho.
Neste ano, o processo de avaliação de desempenho começa pelo próprio RH. Quais são os principais critérios para avaliação de desempenho na empresa em que você atua? E como eles se aplicam à realidade e ao contexto atuais?
Em geral, a avaliação de desempenho inclui, entre seus procedimentos, uma autoavaliação e a autoavaliação 360 – ou seja, aquela em que profissionais de diferentes setores e/ou clientes ou agentes externos são convidados a prover um feedback sobre o trabalho desenvolvido pelo colaborador.
Além disso, são avaliados indicadores de produtividade, qualidade, competências, comportamento e indicadores estratégicos, entre outras opções, variando de acordo com a abordagem definida pela empresa, mas sempre passando pela prática de feedback.
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Confira alguns tipos de indicadores para avaliação de desempenho e como eles podem considerar o contexto de teletrabalho ou trabalho remoto:
Produtividade: Avalia-se o tempo trabalhado, resultados alcançados, relação entre recursos investidos e resultados objetivos, no caso de projetos mais específicos e intervalo ou picos de produtividade, ou seja, horários do dia em que o profissional tem melhor desempenho;
Qualidade: Uma das melhores maneiras de medir a qualidade do trabalho entregue é avaliar os níveis de retrabalho, ou seja, o quanto do que foi feito precisou retornar para ser refeito diante das condições externas em que a tarefa foi realizada. As avaliações de colegas e agentes externos podem fornecer materiais ficos para evoluir a avaliação de qualidade, que está relacionada com a satisfação do cliente.
Capacidade: Diante de uma relação de competências técnicas necessárias para aquela função e soft skills desejadas para atuação na sua empresa, quais delas foram manifestadas pelo colaborador? Como foi a atuação do colaborador ao levar em consideração a relação causa e efeito entre decisões e resultados? Houve proatividade, liderança, resiliência durante as muitas transições e adaptações necessárias ao longo de 2020?
Estratégicos: Quais as contribuições concretas do colaborador na conquista dos objetivos estratégicos da companhia? Quais seus níveis de alinhamento com os propósitos e metas da empresa para o período avaliado? Como as equipes interferiram na evolução do market share da empresa? O fit cultural e a conexão entre empresa e colaborador, que devem olhar para a mesma direção, importam muito para a avaliação de indicadores relacionados a aspectos estratégicos, já que compartilhar este foco nos resultados é tão importante quanto os indicadores individuais.
Avaliação e compensação
Um dos aspectos negligenciados por muitas companhias durante o processo de avaliação é a ausência de compensação aos que tiveram bom desempenho.
Para os pesquisadores Eduardo Schiehll e Raymond Morissette, em artigo científico publicado na Revista de Administração Contemporânea, associar os critérios de desempenho e um sistema de recompensas é uma forma importante não apenas de incentivar o envolvimento das equipes com a avaliação, como também de aprimorar o próprio desempenho.
A partir de uma reflexão baseada em teorias econômicas e comportamentais eles sugerem também que “uma melhor avaliação do desempenho geral da organização pode ser aprimorada ao se considerar três dimensões: o processo interno, a resposta organizacional ao ambiente externo e a reação do ambiente relacionada ao contribuição para a organização”.
Um ano excepcional
Talvez o principal desafio para gestores ao final de 2020 seja encontrar indicadores adequados para avaliar a performance de suas equipes em um ano atípico, no qual muitas metas tiveram que ser revisadas ao longo do caminho.
A principal recomendação, neste sentido, é flexibilizar a avaliação e adaptar o relógio. Em um ano no qual muitas companhias passaram metade do tempo com equipes paradas ou atuando em moto remoto, lidando com perdas de pessoas, de colaboradores e de produtividade e lucratividade, não há como usar a mesma régua para avaliação.
Por isso, mais do que nunca a avaliação de desempenho precisa focar na atuação das pessoas, de fato, mais do que nos resultados concretos em si, já que a performance final pode ter sido afetada por agentes externos e fora de controle dos sujeitos envolvidos.
É preciso pensar, no entanto: como aquele indivíduo se comportou enquanto lidava com os desafios propostos? Como sua atuação impactou na moral da equipe? Quais suas contribuições sobre o andamento do clima organizacional e motivação dos outros membros do time neste período?
Avaliar resiliência, dedicação, adaptabilidade, entre outros aspectos, é uma forma de observar se e como o funcionário tem condições de lidar com crises futuras.

2020: melhores práticas para o feedback em tempos de pandemia
Os últimos meses colocaram muitas organizações no modo emergência: foco nas soluções mais urgentes, na reorganização dos processos e adaptação para o trabalho remoto ou então no desenvolvimento de estratégias para lidar com a pandemia, que afetou de maneiras muito diferentes cada empresa e cada setor. Soterrados entre tantas demandas, muitas delas antes inexistentes, como cobrar dos gestores a atenção à cultura organizacional e à gestão qualificada das pessoas da empresa? Não é arriscado dizer que somente agora, ao final do ano, boa parte das corporações tenham voltado a pensar em práticas como a gestão de feedbacks e avaliação dos colaboradores.
Com o ano caminhando para o fim e a pandemia de coronavírus rumando para a estabilidade, o momento é propício para acentuar ou retomar a prática de feedbacks, seja em modo remoto, seja para aquelas companhias que retomaram as atividades presenciais.
Das duas maneiras – especialmente para a primeira, remota – o modo de lidar com o compartilhamento destes inputs sobre a atuação do colaborador precisa levar em consideração o contexto corporativo, profissional e também o pessoal. É fundamental lembrar que, neste ano, enquanto empresas e funcionários fazem malabarismo no aspecto financeiro, no âmbito privado, pessoas estão lidando com questões de saúde, com perdas de entes queridos ou com desafios derivados do fechamento das escolas, por exemplo.
Ter estas questões em mente altera a visão do gestor sobre como conversar com seus liderados, especialmente se o diálogo for mediado por uma chamada de vídeo. Por isso, para especialistas do mundo todo que estão pensando a respeito da prática de feedback em modo remoto, uma palavra deve estar em evidência: humanização.
Firmeza é muito mais fácil de compreender quando temperada com gentileza e empatia, de forma que desperte no colaborador o desejo de melhorar, ao invés de sentimentos negativos como a raiva. Escuta ativa também é importante no feedback crítico: entender que aspectos levaram o colaborador a chegar àqueles resultados e transformar a conversa em uma via de mão dupla.
Use a tecnologia a seu favor na gestão do feedback
As trocas realizadas online podem ser desafiadoras. A comunicação mediada por plataformas digitais é diferente, nem sempre é possível passar o tom adequado de uma conversação via email ou mensagem de WhatsApp. Para feedbacks mais sensíveis, prefira uma chamada telefônica ou de vídeo.
Mas evite deixar o feedback para depois. Faça checagens periódica com seus colaboradores, procure acompanhar o desenvolvimento dos projetos, pois isso tem impactos diretos na redução de falhas e erros. A tecnologia também pode contribuir com isso. Uma das ferramentas disponíveis na plataforma da Pro Talent Insights, por exemplo, é um módulo de gestão de feedbacks. Este recurso colabora com a implementação e difusão da cultura de feedbacks por meio de uma interface simples que pode ser utilizada tanto no computador quanto via smartphone e pode facilitar muito a rotina dos gestores e colaboradores especialmentes em atuação remota.
Os funcionários podem usar a ferramenta para fornecer e receber retornos e avaliações, registrar inputs após reuniões ou agendar encontros one to one para alinhamento. O apoio da plataforma portátil é importante para incluir essa prática na cultura organizacional e torná-la, de fato, parte da rotina corporativa.

Como organizar uma SIPAT? Veja direcionamentos de formatos e conteúdos
A sensação de saturação é geral: nem gestores, nem colaboradores aguentam mais falar sobre COVID 19, Coronavírus, Pandemia, Isolamento social – termos que passaram a fazer parte do nosso cotidiano. E aí, chega a Semana Interna de Prevenção a Acidentes de Trabalho. Como organizar uma SIPAT sem tocar nestes temas, que são essenciais para saúde e segurança coletivas, em 2020?
Estruturar um evento bem sucedido, que envolva e engaje a todos, que seja eficiente, e não apenas para cumprir protocolo, já era um desafio em cenários convencionais, sem pandemia. Mas, neste ano, isso se tornou ainda mais desafiador.
Algumas decisões e encaminhamentos podem ser muito úteis para alcançar resultados melhores. Neste sentido, preparamos algumas dicas de direcionamentos, formatos e conteúdos que podem ajudar a organizar a SIPAT 2020, para que seja inspiradora e contribua com a qualidade de vida e saúde dos trabalhadores. Confira!
Não perder de vista a essência do evento
Antes de tudo, é preciso lembrar qual é o verdadeiro objetivo da Semana Interna de Prevenção de Acidentes: colocar a segurança em pauta, abrir para o diálogo, interagir e treinar os colaboradores para que tenham sempre as Pessoas como norte de suas atividades. Tendo isso em vista, cabe uma autoavaliação das companhias: em quais vertentes estamos pecando? Em quais aspectos os funcionários precisam melhorar?
Escuta ativa dos colaboradores
Esta prática vale ouro ao organizar uma SIPAT. Se o objetivo é melhorar a saúde e segurança dos colaboradores, eles são quem mais tem a dizer sobre o que precisa ser aprimorado. Que práticas criam brechas de insalubridade e insegurança? Que comportamentos reforçam esses riscos? Pensar coletivamente é a melhor forma de identificar essas nuances.
Avaliar o contexto atual da companhia
Qual a realidade da organização no momento em que a SIPAT 2020 será realizada? A empresa está atuando fisicamente, remotamente ou de maneira mista, com parte dos colaboradores em casa e parte remota, ou com alguns dias de expediente no escritório e outros à distância? Isso pode influenciar na escolha do formato, ou seja, se o evento será presencial ou digital.
Considerar uma etapa digital
Mesmo quando a empresa não está mais em home office, a SIPAT Digital pode ser um recurso eficiente para diminuir a sensação de entrave do expediente que muitos colaboradores têm durante a sua realização. As experiências pré-pandemia da PRO Talent Insights na condução de eventos do tipo sugerem que esse formato funciona muito bem para companhias que têm mais do que uma filial e estão em diferentes cidades, pois aproxima e integra os colaboradores, proporcionando espaços de fórum e discussão.
O modelo digital amplia o escopo em termos de número de pessoas e tempo de interação, além de diminuir as aglomerações de pessoas e ajudar a atender às recomendações de segurança – não é porque a empresa retomou as atividades que reunir dezenas ou centenas de funcionários em uma mesma palestra se tornou recomendável.
Avaliar e selecionar os conteúdos com cuidado
Sobre o que falar ao organizar uma SIPAT? A PRO criou uma matriz de conteúdos baseada em seis macrotemas: Segurança, Saúde Física, Comportamento, Hábitos, Ambiente de Trabalho e Organização pessoal. A distribuição de conteúdos, palestras e eventos em torno destes temas ajuda a equilibrar a organização da SIPAT, diversificando e gerando mais engajamento – os funcionários podem optar pelos que mais lhe interessam ou mais influenciam na sua rotina.
Proporcionar conteúdo de qualidade, interessante e bem-humorado
Qualquer atividade obrigatória é imediatamente tachada pelos colaboradores como monótona e desinteressante. Que ações podem convencer o colaborador de que aquela é de fato uma oportunidade de crescimento e aprendizado? Conteúdos dinâmicos, que demandam ação, reflexão e resposta – uma Call to Action, ou Chamada para a Ação – tendem a ser mais bem sucedidos.
Fazer o colaborador sentir-se parte
Jograis, Festivais de Música, Gincanas, Competições e outras programações de entretenimento costumam ser boas saídas quando o evento é presencial. Muitas delas continuam viáveis quando se trata de um evento online, onde também é possível utilizar áudio, vídeo e ferramentas como os quizzes para garantir o envolvimento dos colaboradores.
Alguns conteúdos da Pro Talent Insights, por exemplo, investem no personagem Joe Labor, desenvolvido pelo CEO da empresa, André Caldeira, para seu livro “Muito Trabalho, Pouco Stress”, e que agora foi incorporado à plataforma de SIPAT Digital da empresa, para ilustrar e dar forma a algumas situações tratadas nos conteúdos.
Pensar no público alvo. As rotinas, demandas, preferências e interesses do diretor da empresa, dos gestores de departamentos e dos colaboradores de diferentes áreas são muito diversas. O que vai interessar a um dificilmente também vai prender a atenção do outro e, embora a interação seja interessante e atividades que promovam esse envolvimento fora das bolhas sejam importantes, é preciso pensar em conteúdo que sejam construtivos de maneira mais direcionada, também.
Tendo esses direcionamentos em mente, a questão sobre como organizar uma SIPAT se torna um pouco mais fácil de ser respondida, em coletivo, envolvendo todos os níveis hierárquicos da companhia.

Palestras SIPAT: como manter o engajamento durante o isolamento
Peças teatrais, massagens, ginástica laboral, sorteios de brindes. Essas atividades que costumavam diversificar e descontrair a programação da Semana Interna de Prevenção a Acidentes de Trabalho estão impedidas ou foram bastante limitadas na edição 2020 do evento. Ainda assim, é possível investir em estratégias e alternativas para manter o engajamento quando o assunto é palestras SIPAT.
O primeiro aspecto a considerar ao preparar a programação para este ano é o fato de que as pessoas estão passando muito mais tempo na frente do computador do que antes. Só nos três primeiros meses de pandemia, o uso da internet aumentou 112%, segundo a plataforma de armazenamento em nuvem responsável por 30% do tráfego online mundial, a Akamai. Por outro lado, o acesso à internet é precário para 70 milhões de brasileiros.
Como conciliar esses dois dados tão discrepantes ao fato de que o ideal é ainda manter o isolamento, e garantir um evento bem sucedido, justamente usando a internet?
A solução, para algumas empresas, tem sido manter seus colaboradores em casa e fornecer pacotes de dados que permitam o acesso às informações necessárias para as atividades. Criando, dessa forma, atividades mistas, que usem a internet, mas não exijam longos períodos na frente do computador.
Apostar em diversidade de formato para que nem todas as palestras da SIPAT sejam síncronas, ou seja online e live streaming, é outra opção. Se o usuário puder baixar os conteúdos para visualização posterior, ele pode aproveitar os horários em que o tráfego de dados estiver menos intenso.
Preparar vídeos mais curtos, ao invés de palestras com uma ou duas horas de duração, incluir artigos, conteúdos em áudio, quizzes, quadrinhos, charges e materiais mais leves também contribui neste sentido, já que exigem menor banda e, ao mesmo tempo, podem ser salvos para consumo e leitura offline.
É importante que a SIPAT Digital considere também o incentivo à convivência, à interação e à troca. Isso pode ser feito a partir da formação de grupos ou da criação de fóruns online, onde os colaboradores podem deixar mensagens para seus colegas nos murais ou criar debates em tópicos coletivos.
Conteúdos para palestras SIPAT 2020
Um modo de diversificar o evento, além dos formatos de apresentação, é investir na variedade de assuntos. A matriz de conteúdos desenvolvida pela PRO Talent Insight sugere seis grandes temas, cada um com oito subtemas, que podem ser tratados em palestras SIPAT, em vídeo-aulas, quizzes, lives e também nos materiais de divulgação.
As temáticas dão conta das principais questões envolvendo saúde, segurança do trabalho e qualidade de vida, mas também abordam aspectos do cotidiano que nem sempre são associados pelos colaboradores à saúde laboral
plPor exemplo: hobbies, lazer, tempo de sono e tempo de qualidade com a família. Criar palestras na SIPAT com formatos mais dinâmicos e tratando de temas como estresse, com bom humor e descontração, pode proporcionar bons momentos e conexão entre os colaboradores, e entre estes e seus gestores, melhorando assim a convivência.
As pautas das Palestras SIPAT também dialogam com a cultura organizacional e podem colaborar para sua consolidação e fortalecimento, se bem direcionadas. É comum que, ao tratarem este evento com menor importância, as companhias perdem a oportunidade de aproveitar o momento para criar laços e tornar a empresa mais unida e resiliente.

Segurança do trabalho em tempos de pandemia: como educar os colaboradores?
Não há como negar, a pandemia de coronavírus é a pauta da vez na imprensa, nas ruas e, como não poderia deixar de ser, nas empresas. A COVID-19 interferiu em toda a programação corporativa em 2020 e ganhou espaço até mesmo quando o assunto é a segurança do trabalho.
Como falar sobre prevenção de acidentes e saúde do trabalhador em 2020 sem pensar em combate à COVID? Mais do que nunca, tornar os espaços coletivos mais esterilizados e blindados contra a proliferação de agentes infecciosos é a prioridade das companhias quando estão elaborando suas SIPATs.
No entanto, conciliar os procedimentos de higienização e distanciamento social aos demais processos de segurança do trabalho vem sendo um desafio para as organizações que dependem das aglomerações e das atividades essencialmente coletivas.
A discussão sobre a COVID-19 sob a ótica dos Direitos Trabalhistas – em definição sobre se pode ou não, e em quais casos, ser considerada uma doença laboral – também reforça a preocupação das empresas sobre questão da propagação no ambiente de trabalho, que pode ser minimizada com algumas práticas rotineiras.
São justamente os hábitos mais simples, no entanto, os mais difíceis de implementar. Conscientizar, garantir e monitorar o uso adequado dos recursos de prevenção; cobrar dos colaboradores que façam a higiene das mãos, que respeitem o limite de ocupação das salas, que evitem tocar ou se aproximar dos colegas e que façam o uso correto das máscaras e face shields, cobrindo a boca e o nariz, são medidas essenciais.
Embora sejam temas que já integram a rotina dos trabalhadores também fora do ambiente profissional, a educação e conscientização ainda é um desafio, e as ações nesse sentido devem ser cotidianas, presentes também nas reuniões e nos eventos de segurança do trabalho, como a SIPAT.
Vídeos explicativos que ilustrem como esses equipamentos e acessórios de segurança de fato protegem os colaboradores, aumentando a confiança e credibilidade no seu uso; palestras com profissionais da área da saúde e eventos para ouvir e sanar as principais dúvidas dos indivíduos são ferramentas que podem ajudar a educar coletivamente para a prevenção, o que é mais eficiente do que o fator “obrigação”.
Saúde mental também é parte da segurança no trabalho
Mas, além das medidas para prevenir o contágio, outro aspecto relacionado aos temas de saúde e segurança no trabalho que precisa de atenção e de conscientização no ambiente organizacional é o da saúde mental.
O aumento da instabilidade econômica, os cortes de gastos, a insegurança e a mudança de rotina, somados a uma maior pressão pela produtividade para garantir que o colaborador se destaque entre os demais e garanta sua vaga são apenas alguns dos pontos que mexeram com a saúde mental durante a pandemia.
A solidão gerada pelo isolamento, o estresse do confinamento, os conflitos pela interação com as pessoas que moram na mesma casa, entre outros, estão no radar das empresas, que estão mais preocupadas com a saúde mental dos seus colaboradores.
A recomendação de especialistas em psicologia é de que as empresas mantenham este aspecto em foco e desenvolvam programas para cuidar dos colaboradores, não apenas no que diz respeito ao corpo, mas também à mente. Programas de meditação, ginástica laboral e yoga à distância, utilizando as ferramentas digitais, bem como incorporar o tema à SIPAT 2020, são formas de combater estes problemas.
Treinamentos dos gestores e líderes para melhor lidarem com a situação também é uma forma eficiente de conscientização. Se preparados para identificar sintomas de ansiedade, estresse e depressão, e se se posicionam abertos ao diálogo para seus liderados, estes podem fazer toda a diferença sobre a qualidade de vida dos funcionários, e da própria.
Existem diversas ferramentas e materiais lançados ao longo do último ano que podem ajudar a elaborar as políticas de segurança voltadas à saúde mental. A Organização das Nações Unidas, por exemplo, lançou um guia com cuidados para a saúde mental durante a pandemia que está disponível para download gratuito.

A SIPAT 2020 é obrigatória mesmo na pandemia?
A COVID-19 transformou muitos aspectos da cultura empresarial, mas houve um item que permaneceu inalterado: a obrigatoriedade de realizar a SIPAT 2020, a Semana Interna de Prevenção contra Acidentes de Trabalho. Mesmo com a pandemia, ou talvez especialmente por conta dela, neste ano a preocupação com segurança do trabalho não pode ficar em nível secundário de prioridade.
As exigências são as mesmas: a SIPAT 2020 deve durar semana toda, como de costume, e deve ser aberta a colaboradores da empresa e terceirizados que trabalhem no mesmo ambiente, sem limitação de número de participantes.
O que mudou, na verdade, foi que a pauta da SIPAT 2020 ganhou alguns novos temas imprescindíveis para garantir uma programação atual e eficiente. Como a NR-5 não determina quais são os assuntos obrigatórios, as empresas contam com uma certa maleabilidade ao definir a programação, levando em consideração a sua própria realidade e cotidiano.
Por exemplo: companhias que estão operando integralmente em regime de home office podem direcionar mais tempo e mais eventos da SIPAT 2020 a tratarem de questões como a saúde mental e a ergonomia do trabalho remoto, os desafios de conciliar casa, família e isolamento ao atuar neste regime, entre outros.
Para companhias que estão com suas equipes em casa, também vale tratar da preocupação com aspectos como LER, saúde visual, exercícios laborais e alongamentos.
Já as que não têm a possibilidade de atuação remota podem pesar mais a programação no tema da prevenção, não aglomeração, uso de máscaras e higienização adequada das mãos, respeito ao espaço dos colegas, entre outros.
Adequações da SIPAT 2020
Mesmo que as companhias estejam atuando em modo remoto, a SIPAT 2020 permanece obrigatória, podendo ser adaptada para a versão digital. Nestes casos, há uma série de ajustes possíveis para tornar o evento mais produtivo e não perder o engajamento, bem como continuar tratando de pautas que continuam importantes, embora estejam recebendo menos destaque durante a pandemia.
Entre as vantagens deste formato de SIPAT Digital estão a facilidade de mapear o engajamento e os resultados da semana e de segmentar eventos, palestras e assuntos de acordo com o setor e seus desafios, adequando os conteúdos também aos níveis hierárquicos e intercalando diferentes tipos de materiais.
Tendo em vista essa diversidade, a PRO Talent Insights desenvolveu uma plataforma com uma matriz de conteúdos que contempla tanto os temas mais clássicos e necessários da SIPAT, quanto os que ganharam centralidade com a pandemia.
A programação da SIPAT 2020 inteiramente digital e a preparação destes conteúdos para o universo online é um exemplo dessa guinada digital das empresas. Segundo a revista Forbes, 70% das organizações já possuem ou estão trabalhando em uma estratégia de transformação digital. Tendo em vista os resultados já alcançados nas primeiras edições da SIPAT Digital, mesmo antes da pandemia, a PRO acredita que este formato veio para ficar.

[EBOOK] Guia para organizar a SIPAT DIGITAL 2020
Com a chegada da pandemia muitas das nossas rotinas foram alteradas. Porém, conforme os meses passaram, percebemos que, mesmo precisando incluir novas urgências na pauta, certas rotinas anteriores não podiam ser deixadas de lado, não é mesmo?
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